Para a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que desde 1676 marca presença ao lado da Igreja de São Francisco da Primeira Ordem, foi um momento de muita alegria, como disse a Ministra da Fraternidade local, Maria do Nascimento, ao fazer a saudação inicial. Sacerdotes e religiosos da Arquidiocese, os vizinhos franciscanos e os jufristas se juntaram a esta festa dos franciscanos seculares.
Uma solenidade à moda franciscana deixou ainda mais bela a restaurada Igreja das Chagas. Segundo D. Odilo, seria dada somente a bênção à igreja, já que o rito de dedicação a uma igreja não cabia na celebração porque o altar ainda não está definitivamente pronto.
Com muito afeto e carinho, D. Odilo reservou uma grande parte de sua homilia para congratular com a Ordem Franciscana, especialmente os franciscanos seculares: “Que este momento feliz que vivemos contribua para que a Igreja aqui, com essa expressão tão bonita ligada ao carisma franciscano, possa ajudar a evangelizar, a testemunhar que Deus habita esta cidade. A Testemunhar também aquilo que é próprio do carisma franciscano, espelhado na vida, nas palavras, nos exemplos de São Francisco”, desejou.
A partir do “Cântico do Sol” de São Francisco, D. Odilo lembrou que, em primeiro lugar, devemos louvar e agradecer a Deus como fez o Santo de Assis: “Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor!… Como ele fazia, vivia e ensinou, inspirado nos exemplos de Jesus, também nós possamos nos orientar para Deus, Supremo Bem. Meu Deus e meu Tudo”, disse.
Segundo o Cardeal, através da presença do carisma franciscano que se estende à Ordem Franciscana Secular, os leigos podem ser testemunhas do Evangelho como São Francisco. “Em tudo, ele se orientava a partir do Evangelho. Que isso transborde para a vida da cidade, para a vida do povo. Portanto, quero convidar a Ordem Terceira a levar avante o que a Igreja pede muito hoje: que os leigos participem da Igreja com o seu modo próprio, mas bebendo da mesma fonte do Evangelho. E que as grandes preocupações de São Francisco possam se tornar realidade numa cidade que precisa muito disso”, pediu, insistindo que sejamos fermento de mudança numa situação de violência e agressão, muitas vezes até de ódio.
“Que os franciscanos seculares nos ajudem nesse sentido de promover a paz e o bem, que também é uma saudação franciscana tão bonita! Que isso se torne realmente uma realidade no convívio social e, de modo particular, no cuidado com os doentes, os pobres, os que sofrem. Que essa atenção seja dada a todo ser humano, lembrando sempre o extremo exemplo de São Francisco que chegou a abraçar e beijar o leproso, exatamente ele que, antes da conversão, tinha medo de se aproximar do doente, do pobre”, recordou.
Para o Cardeal, os leprosos do tempo de São Francisco são hoje as pessoas desoladas e esquecidas. “Essas pessoas ficam lá, sofrendo sozinhas no seu cantinho. Que nós, a exemplo de São Francisco, saibamos nos aproximar de todos, especialmente daqueles que parecem não serem dignos da nossa consideração”, enfatizou.
“Que os franciscanos seculares nos ajudem nesse sentido de promover a paz e o bem, que também é uma saudação franciscana tão bonita! Que isso se torne realmente uma realidade no convívio social e, de modo particular, no cuidado com os doentes, os pobres, os que sofrem. Que essa atenção seja dada a todo ser humano, lembrando sempre o extremo exemplo de São Francisco que chegou a abraçar e beijar o leproso, exatamente ele que, antes da conversão, tinha medo de se aproximar do doente, do pobre”, recordou.
Para o Cardeal, os leprosos do tempo de São Francisco são hoje as pessoas desoladas e esquecidas. “Essas pessoas ficam lá, sofrendo sozinhas no seu cantinho. Que nós, a exemplo de São Francisco, saibamos nos aproximar de todos, especialmente daqueles que parecem não serem dignos da nossa consideração”, enfatizou.
Depois de falar do Criador e da criatura, D. Odilo lembrou da natureza. “Não poderia faltar, é claro, o irmão sol, a irmã lua, a irmã natureza toda. Que a exemplo de São Francisco saibamos valorizar o que é da natureza e que Deus nos concedeu como casa para morar e que a humanidade, em vez de cuidar como casa, muitas vezes depreda como um depósito, onde se entra e se pega sem limites. Enquanto Deus, lá no início da Bíblia, diz que nos confiou tudo isso como um Jardim para cuidar – também, é claro, para morar -, mas não depredar. Hoje nos damos conta disso mais e mais”, disse, numa clara alusão ao drama que vive a cidade de São Paulo com a falta de água.
D. Odilo ressaltou que São Francisco não foi um romântico sentimental, mas valorizava e respeitava a natureza pela realidade e a dignidade que ela tem. Segundo o Cardeal, lembrando o Papa Bento XVI, que falava em ecologia humana, “respeitar a natureza é respeitar a Deus, é valorizar a obra de Deus. É dar glória a Deus”, disse.
Sobre a solenidade da Ascensão do Senhor, D. Odilo disse que, à primeira vista, alguém poderia pensar: “Bem, Jesus subiu aos céus e nós ficamos aqui na terra. Ele foi para a glória e nós ficamos aqui na penúria”. Mas, segundo o Cardeal, não é assim. “De fato, cremos que Jesus subiu aos céus. Faz parte da nossa fé. Mas como diz a liturgia, não para se afastar de nós, para se afastar de nossa humildade. Se fosse assim, nem teria vindo. Nem teria assumido nossa carne. ‘O Verbo se fez Carne e habitou entre nós’. Sim, esvaziou-se da glória para vir ao nosso encontro. E pela ascensão de Jesus ao céu eleva-se justamente à plenitude aquilo que Ele veio realizar”, explicou.
“Ele não veio somente consertar alguma coisinha aqui na terra. Ele veio para dar uma perspectiva de realização plena, aquilo que Deus quer para nós. E o que é a realização plena? É a participação na vida de Deus. Participação na glória dos céus. Esta é a nossa fé”, acrescentou.
D. Odilo ressaltou que São Francisco não foi um romântico sentimental, mas valorizava e respeitava a natureza pela realidade e a dignidade que ela tem. Segundo o Cardeal, lembrando o Papa Bento XVI, que falava em ecologia humana, “respeitar a natureza é respeitar a Deus, é valorizar a obra de Deus. É dar glória a Deus”, disse.
Sobre a solenidade da Ascensão do Senhor, D. Odilo disse que, à primeira vista, alguém poderia pensar: “Bem, Jesus subiu aos céus e nós ficamos aqui na terra. Ele foi para a glória e nós ficamos aqui na penúria”. Mas, segundo o Cardeal, não é assim. “De fato, cremos que Jesus subiu aos céus. Faz parte da nossa fé. Mas como diz a liturgia, não para se afastar de nós, para se afastar de nossa humildade. Se fosse assim, nem teria vindo. Nem teria assumido nossa carne. ‘O Verbo se fez Carne e habitou entre nós’. Sim, esvaziou-se da glória para vir ao nosso encontro. E pela ascensão de Jesus ao céu eleva-se justamente à plenitude aquilo que Ele veio realizar”, explicou.
“Ele não veio somente consertar alguma coisinha aqui na terra. Ele veio para dar uma perspectiva de realização plena, aquilo que Deus quer para nós. E o que é a realização plena? É a participação na vida de Deus. Participação na glória dos céus. Esta é a nossa fé”, acrescentou.
Para o celebrante, ainda tem muito mais para nós. “Jesus, elevando-se aos céus, abre os horizontes à plenitude do que Deus revelou a nosso respeito. Palavras de Jesus: eu vou preparar um lugar para que vocês estejam lá um dia. Mas por que estamos aqui ainda? Porque Deus nos dá o tempo de nós mostrarmos a nossa adesão a este seu desígnio, a esta sua vontade amorosa, salvadora. Nos dá a liberdade para que tenhamos méritos em trilhar com Jesus o caminho que leva para a vida eterna”, ensinou.
Por isso, a ascensão de Jesus, enfatizou D. Odilo, é acompanhada da missão. Jesus envia os apóstolos como missionários para o mundo. Segundo o Arcebispo, é um convite para que a nossa vida seja ativa e não caiamos na tentação de ficar só olhando para o céu. “Os apóstolos são convidados a se colocarem a caminho”, observou.
Mas ele lembrou: “Que os nossos corações se voltem para o alto no sentido da esperança. Cristãos, católicos não podem viverem tristes. Não podem desanimar nesta vida mesmo diante dos extremos, das dificuldades mais extremas. Sabemos que em Cristo ressuscitado e glorioso já está nossa vitória”, completou, insistindo que nossas ações, nossos sentimentos, precisam ser regadas pela fé e pela grande esperança.
O pároco Frei Luiz Henrique falou em nome dos franciscanos e franciscanas de São Paulo. Lembrou que neste ano foi aberto o jubileu do 8º centenário de nascimento de São Luís, rei de França, patrono da Ordem Franciscana Secular. Ele nasceu em 1215 e, neste ano, no dia 25 de abril foi a sua festa e o início de seu jubileu. ”D. Odilo, sabemos que tem um coração franciscano, como disse quando morava em Roma e sempre visitava Assis, queremos ser gratos pelo cuidado como nosso pastor. Receba o nosso carinho, reabrindo em nossa Paróquia essa igreja tão significativa para todos”, encerrou.
O belo altar das Chagas de São Francisco
O restauro
A Igreja das Chagas foi restaurada por meio de convênio entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Governo do Estado.
Na primeira fase, a construção recebeu intervenções no telhado, fundamental para a conservação de edifícios construídos com terra. A estrutura de madeira da cobertura foi parcialmente substituída por uma nova, de aço, assim como os pisos do pavimento superior. Novas coberturas de vidro foram instaladas, uma na galeria superior e outra no térreo, próximo ao recuo.
Depois, os revestimentos das paredes foram restaurados, assim como as pinturas decorativas e esquadrias. Também foi feita a recomposição estrutural e montagem dos altares, forros da Nave, da Capela-Mor, Sala do Jazigo e das capelas de Nossa Senhora da Conceição e São Miguel.
Entre outras ações, as intervenções incluíram coro, escadas de madeira, mobiliários de culto, o pequeno claustro nos fundos da igreja e vitrais. Além disso, foram inseridos elementos novos e contemporâneos, como as escadas metálicas, bancos externos e a cobertura de vidro do recuo lateral.
As fachadas e a proteção do adro com fechamento em vidro foram restauradas pela Mitra Diocesana, com incentivo da Lei Rouanet e projeto aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
A intervenção envolveu ainda a implantação de sistema de segurança patrimonial, acessibilidade em todo o edifício, incluindo adaptação de banheiros, instalação de elevador e sonorização.Imagens da Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco.
A Igreja das Chagas foi restaurada por meio de convênio entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Governo do Estado.
Na primeira fase, a construção recebeu intervenções no telhado, fundamental para a conservação de edifícios construídos com terra. A estrutura de madeira da cobertura foi parcialmente substituída por uma nova, de aço, assim como os pisos do pavimento superior. Novas coberturas de vidro foram instaladas, uma na galeria superior e outra no térreo, próximo ao recuo.
Depois, os revestimentos das paredes foram restaurados, assim como as pinturas decorativas e esquadrias. Também foi feita a recomposição estrutural e montagem dos altares, forros da Nave, da Capela-Mor, Sala do Jazigo e das capelas de Nossa Senhora da Conceição e São Miguel.
Entre outras ações, as intervenções incluíram coro, escadas de madeira, mobiliários de culto, o pequeno claustro nos fundos da igreja e vitrais. Além disso, foram inseridos elementos novos e contemporâneos, como as escadas metálicas, bancos externos e a cobertura de vidro do recuo lateral.
As fachadas e a proteção do adro com fechamento em vidro foram restauradas pela Mitra Diocesana, com incentivo da Lei Rouanet e projeto aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
A intervenção envolveu ainda a implantação de sistema de segurança patrimonial, acessibilidade em todo o edifício, incluindo adaptação de banheiros, instalação de elevador e sonorização.Imagens da Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco.
Fonte: Franciscanos.org.br
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