23 de outubro de 2010

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES



OUTUBRO MÊS DA MISSÕES
DIA 24 - DIA MUNDIAL DAS MISSÕES.

João Paulo II, na Encíclica Redemptoris missio, escreveu que a Igreja é missionária por natureza. Ainda hoje, o compromisso missionário deve ser o primeiro serviço da Igreja à humanidade, com o intuito de oferecer a salvação a todos, principalmente aos humilhados e oprimidos, pois o núcleo da missão é a inclusão dos excluídos. Como assinalou o Papa Bento XVI em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, "para cada fiel, não se trata simplesmente de colaborar para a atividade de evangelização, mas de se sentir ele mesmo protagonista e co-responsável da missão da Igreja". Foi o próprio Cristo quem buscou reforços para o anúncio da Boa Nova, engajando seus discípulos na missão (Mc 6, 6b-13).

A Boa Nova diz que o amor deve prevalecer sobre a Lei, que o Reino de Deus está chegando e com ele a prática da justiça, da caridade, da misericórdia e da paz. Todos devem saber disso para renovarem suas esperanças. Mas, como tomar conhecimento da salvação se não há quem a proclame? Jesus anunciou a Boa Nova por primeiro, depois enviou seus apóstolos, dois a dois. Hoje, Ele nos pede que façamos o mesmo, enfrentando o medo, assumindo uma renovada consciência missionária, e ainda buscando reforços ao anúncio da Palavra. E quem são os nossos reforços? Todo aquele a quem anunciamos a Boa Nova passa a ser um reforço, pois também vai anunciar. Como afirmou Bento XVI, "toda comunidade cristã nasce missionária, e é justamente sobre a base da coragem que se mede o amor dos fiéis por seu Senhor".

Ser cristão missionário é estar sempre a caminho, anunciando a Boa Nova e assumindo algumas posturas básicas: desapego aos bens materiais, disponibilidade, paciência, amor gratuito, coragem, fé, alegria, discernimento, escuta atenta, compaixão, simplicidade... Essas posturas não representam o conteúdo da missão, apenas formas de realizá-la com sucesso. Ser missionário não é fácil, pois implica em sairmos de nossa acomodação. O foco da missão é servir e não ser servido. O agente da evangelização que busca a promoção pessoal e se preocupa com as aparências se desvia do principal, pois com aparências não se anuncia o Reino nem se incluem os excluídos. Lamentavelmente, hoje em dia, dá-se mais importância ao "parecer ser" do que ao "ser", difundindo-se acentuado marketing religioso.

O que precisamos para dar seguimento ao projeto de Cristo? O verdadeiro cristão sente e sabe que possui compromisso com a evangelização dos povos. A adesão é livre, mas é dever do cristão anunciar, para que todos tenham a oportunidade de abraçar a salvação. A mudança de vida se dá mediante a escuta da Palavra e sua experiência prática em nossa vida, pois precisamos nos libertar de tudo o que nos oprime e marginaliza, experimentando a restauração que vem do Senhor Jesus. Assim, a missão não é uma simples tarefa. É a consequência da intimidade daquele que chama e daquele que é chamado. É o desenvolvimento da consciência de ser chamado, gerando em nós o desejo de contribuir, de anunciar, de participar (agora renovados) no exercício do amor fraterno. Certamente, o maior desafio do missionário é tornar o próximo semelhante a Deus por meio de seu anúncio.

* Maria Regina Canhos Vicentin (e.mail: contato@mariaregina.com.br) é escritora. Acesse e divulgue o site da autora: http://www.mariaregina.com.br/



Missão e Comunicação: Meios para evangelizar


Há muitos anos a comunicação é uma ferramenta primária para a mensagem ser transmitida entre os povos. Sem ela, a missão também passada aos seres humanos estará comprometida, a missão do evangelho, a missão da partilha. E é na exposição das ideias e pensamentos que depende o domínio das boas normas de uma comunicação sempre verdadeira e transparente.

O que se vê é o número crescente de rádios e TVs que estão à disposição da Igreja dando suporte a sua tarefa de anunciar a Boa Nova, da vida plena, do bem comum. Levar o Evangelho às pessoas com a utilização dos recursos da comunicação com suas mídias sociais e alternativas é papel e responsabilidade de todos os cristãos que vivem em meio às transformações do mundo. Surgem novos conceitos de "vida", a ênfase dada para uma vida baseada no consumismo, o pensamento em si e não mais na coletividade. O ser humano, a cada dia, constrói o seu fim e pode parecer tarde para se dá conta e tentar salvar o seu bem mais precioso, a vida, presente de Deus.

E ainda em virtude da era da informatização, torna-se imprescindível um contato com os elementos que dela se tem para que haja uma contextualização dos métodos a serem buscados, tornando-os compatíveis com as exigências desse tempo. No entanto, a comunicação que objetiva levar uma mensagem que transforme a vida das pessoas não se faz por meio de um processo apenas técnico, mas, ela deve ser verdadeiramente espiritual.

Assim, a necessidade de uma linguagem capaz de carregar os sentimentos e a verdade, como deixou Cristo em seus ensinamentos, se faz cada vez mais presente na atualidade. Essa linguagem, além de ser simples deve conter uma força que faça transformar o coração e a vida de todos.

Os que querem ensinar a Palavra de Deus precisam vivenciar seu conhecimento e dela fazer sua experiência pessoal colocando-a em prática como ideal de vida e se entregado aos recursos da comunicação para dar voz ao Evangelho.

"Missão e Partilha" é o tema da Campanha Missionária, para o mês de outubro de 2010, quando será feita a tradicional coleta destinada ao Fundo Mundial de Solidariedade Missionária para financiar projetos de evangelização em diversas frentes. Uma das tarefas da comunicação a serviço da evangelização é divulgar a Campanha Missionária para incentivar gestos de partilha.

* Tatianne Lopes é jornalista. Assessoria de imprensa da CNBB.

Fonte: REVISTA MISSÕES



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MENSAGEM DO PAPA PARA O 84° DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
 
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EVANGELIZAÇÃO E CONVERSÃO

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