12 de setembro de 2011

“Passeata e missa marcam protestos do Grito dos Excluídos em São Paulo”



“O protesto não é contra A ou B, mas contra toda a miséria que existe hoje no mundo".


Membros da “Fraternidade JUFRA DAS CHAGAS” de São Paulo marcaram presença juntamente com milhares de pessoas vindas de vários lugares do estado ao evento que deu origem ao nome “Grito dos/as Excluídos/as” que existe desde 1995, e neste ano comemoramos a 17ª edição do Grito, que surgiu a partir da Campanha da Fraternidade daquele ano, a fim de afirmar que a vida deve estar em primeiro lugar. O evento começou logo pela manhã a partir das oito horas, com a missa de abertura na Catedral da Sé, na região central da capital paulista.

O grito teve origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), e dos debates da 2ª Semana Social Brasileira, realizada nos anos de 1993 e 1994, com o tema Brasil, alternativas e protagonistas, ganhando a adesão de outras entidades e movimentos sociais ao longo dos anos. Além da Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Grito dos Excluídos é organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), por diversos movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab), pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo e pela Campanha Jubileu Brasil.
O lema do 17° Grito é “Pela vida grita a Terra… Por direitos, todos nós!” Trata-se de associar a preservação ambiental do planeta aos direitos do povo brasileiro. A importância do evento este ano era tratar de dois assuntos intimamente relacionados: a questão ambiental e a social. “Para a ambiental, porque temos grandes obras sendo tocadas e indicando que com elas haverá um sério comprometimento do meio ambiente, como no caso da transposição do Rio São Francisco e da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que expulsam populações ribeirinhas, indígenas. E a social, os problemas de sempre: trabalho, moradia, saúde e educação”.


Depois do ato religioso, centenas de pessoas seguiram em passeata em direção ao Monumento da Independência, no Ipiranga. Durante a concentração em frente à Catedral da Sé, índios da etnia Pankararé, de Osasco, apresentaram uma dança típica da tribo.

A manifestação defendeu a vida humana e a natureza destacado no lema "Pela Vida, Grita Terra. Por Direitos, Todos Nós", e reuniu movimentos sociais e pastorais sociais, que procuraram chamar a atenção da sociedade para a luta contra as drogas e a corrupção, e a favor da reforma política, entre outros assuntos.


A Fraternidade JUFRA DAS CHAGAS apóia os direitos a vida, a sáude e educação, ao bem estar de todos os irmãos e irmãs deste país e do mundo. Por isso não podemos ficar indiferente as necessidades do ser humano como um todo, mas lutar para que cada ser humano tenha uma vida digna e melhor. Enquanto houver injustiças contra a sociedade nós continuaremos a gritar pelos quatro cantos: "PELA VIDA, GRITA A TERRA... POR DIREITOS, TODOS NÓS!"


Declaração de Jufrista: “Foi uma grande experiência, participar de um evento tão importante para nosso país. Mais que um evento, é um ato, para mostrar nossos anseios por uma sociedade mais justa e mais humana. A presença da JUFRA demonstra que nossos jovens, futuro da nação, estão conscientes e lutam por esta causa. Todos sentem na pele o que é uma sociedade desprezada, sem recursos, sem direitos, sem voz, que não consegue suplicar áqueles que estão no poder compaixão e misericórdia, pois estes estão surdos e fechados para si mesmo. E a JUFRA, mais uma vez, marca presença, seguindo os passos de Francisco, por aqueles que clamam um lugar na sociedade.”
Thatiana Melo - Jufra das Chagas (4 meses de Fraternidade)


Janeilson Soares (Jânio)
Iniciante da Fraternidade Jufra das Chagas-SP

Paula Brito
Secretária Fraterna da Fraternidade Jufra das Chagas-SP

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