25 de março de 2010

Palavra do Assistente Espiritual

Nada melhor do que começar um texto sobre a Juventude Franciscana, motivado pela inspiração original ou o modelo de vida no qual todos nós, franciscanos, nos espelhamos: o próprio Francisco de Assis. Foi na sua juventude, que Francisco iniciou seu caminho de fé, impulsionado pelo desejo grandioso de mudança, de aspirações maiores, de sonhos. De fato, Francisco, foi um jovem que sonhou alto, que buscava respostas para os anseios de sua vida e de seu futuro, e, que se perguntava constantemente, como muitas vezes nos perguntamos hoje: “Senhor, que queres que eu faça?” A resposta a esta pergunta, Francisco encontrou no evangelho, na proposta do Cristo pobre, humilde e crucificado. No abraço do sofredor, do leproso, do abandonado, na busca radical de mudança, no questionamento. Francisco, sem dúvida, depois de longo processo de busca, encontrou o grande amor de sua juventude: o Cristo pobre do Evangelho. Quando eu era mais jovem e sonhava em ser franciscano, não sabia muito diferenciar as diversas propostas vocacionais que nos oferece a igreja. Sabiamente (tinha eu meus treze ou quatorze anos), os frades da paróquia em que comecei a pastoral vocacional, me pediram para participar de um grupo jovem, muito animado e de uma alegria contagiante, que cantava até tarde da noite e fazia questão de se alegrar com a presença de cada um. Jovens, que como tantos outros, poderiam estar fazendo diversas outras coisas numa tarde de domingo, e dentre tantas optaram por estar ali. Aquilo tudo me chamou muito atenção. Me marcou como vocacionado. Bem mais tarde, fui saber que aquele era um grupo da JUFRA, e que aqueles moços e moças eram o rosto jovial de uma grande família: a família franciscana. A grande beleza do carisma franciscano esta na simplicidade de sua proposta, está na leveza de suas palavras, está na pureza de seus ideais. Lembro ainda muito bem o refrão cantado naqueles encontros a quatorze anos: “Juventude Franciscana, instrumento do Senhor. Semeamos alegria, nos unimos no louvor”. Sem dúvida, contar com estes instrumentos do Senhor no seio da sociedade, que é o que são estes jovens franciscanos, é manter vivo o ideal, é inspirar outros, é promover a paz. Passados os anos, tenho plena certeza que a “tática vocacional” dos frades daquela paróquia, ao me colocarem no meio de jovens que falavam da Paz e do Bem, que se chamavam de “irmãos”, que testemunhavam Francisco com naturalidade, ao seu modo, e, que acima de tudo se diziam franciscanos, foi de singular valia no meu enamorar-se pelo modo franciscano de ser Igreja. Àqueles que ainda não conhecem a Juventude Franciscana, sugiro um primeiro contato, uma primeira experiência. A sugestão é dada a todos; convido-os para sermos sinais de um novo mundo possível, a abraçarmos o diferente, a respeitarmos a integridade da criação, a relembrarmos e vivenciarmos a proposta evangélica do “amai-vos uns aos outros” (Jo 13, 34). Enfim, convido-os a caminhar conosco, a também sonhar este sonho, a reviver Francisco de Assis nas vielas de nossas vidas, nos anseios de nossa juventude. Que o pobrezinho de Assis seja nosso modelo e que possamos ser no mundo “instrumentos do Senhor”, “sementes de alegria”, proclamadores da Paz! Por Frei Alvaci Mendes da Luz,OFM - Assistente Espiritual

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